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ENSAIOS

de escrita, culinária, economia e finanças, bem-estar e reflexões sobre parentalidade

Sobre "Na Cafeteria"

  • Foto do escritor: Juliana Machado
    Juliana Machado
  • 31 de mar.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 31 de mar.



Nunca fui de escrever ficção.

Na verdade, a ficção está na origem da minha relação maior com a escrita, mas nunca foi desenvolvida, nunca nem pensei que havia espaço para isso na minha vida e nem na leitura dos outros. Nunca foi nem uma questão posta, simples assim. 


Mas eu sempre fui contadora de histórias. Sempre adorei inventar novos fins para filmes e livros, invertia os contos de fada, criava cenas imaginárias para músicas, pessoas que transitavam na rua ou personagens históricos para ajudar os amigos nas lições de histórias. 


Só não escrevia.


Mas a escrita é um negócio curioso. Quando eu começo a escrever é como um músculo que se exercita e vai ficando cada vez melhor, mais ágil ao menos – eu tenho mais ideias, “ouço mais vozes” na minha cabeça, eu vejo a vida com outros olhos. Vai dando uma empolgação e chega a hora que não tem jeito – tem que colocar a história para fora, nesse caso, “no papel.”


Foi assim que “Na cafeteria” surgiu. Eu conversava com amigas sobre doramas e como padrões de comportamento e cenas que adoramos ver ali não seriam possíveis na vida real, ou pelo menos não seriam românticas, bem ao contrário. Quase na mesma época eu assisti uma entrevista da Elisabeth Olsen, a irmã mais nova das gêmeas Olsen, em que ela conta que aprendeu desde cedo com as irmãs uma lição profunda que a ajudaria em toda a sua carreira dali em diante. “No is a full sentence”, ela disse. Tem bem mais efeito em inglês, né? É, a gente faz o que dá.


O cenário surgiu na minha cabeça, os personagens, tudo. Se fosse um dorama, ia ser assim; mas se fosse vida real...


Veio do marido o voto de confiança: Escreve!


E eis que enfim divulguei então o meu primeiro conto ficcional. Na verdade, são 8 minicontos, que divulguei na exata hora que diz nos textos, quase uma novelinha, pra dar um pouco a sensação que os personagens tiveram com a sucessão dos dias. E a história se encerra ali no “Fim” mesmo. Porque a mensagem era aquela e não necessita de outras explicações.


Maaaaassss... a escrita é um negócio curioso!


E, num exercício de escrita (são meus ensaios, né?), eu também escrevi o outro lado da história. Não é uma resposta, não é uma explicação. É só outro ponto de vista, que não precisava e que também se encerra em si mesmo.

Ele vem em seguida de uma vez e fecha a minha reflexão sobre o assunto.


Quer dar uma olhadinha? Me faz esse agrado e volte aqui amanhã!


E quando ouvir um “por que não não é resposta” ou sentir necessidade de justificar a sua própria opção, lembre da cafeteria e pergunte-se: preciso mesmo?

 

Beijo, me chama pro café!


_____

Obs. 1: Eu tenho várias histórias na minha cabeça. Umas grandes, outras menores; umas com final redondo, outras que não sei em que direção ir, mas nenhuma concluída assim, “no papel”. Dá um trabalho danado, sou mais fã ainda dos escritores das grandes obras! Mas quem sabe uma hora vem, né?


Obs. 2: Doramas são séries asiáticas, menores que uma novela, maiores que um filme. Para mim, é o tempo perfeito de desenvolver personagens e histórias. Tem de todo tipo, mas eu gosto é daquelas bem bobinhas mesmo - é meu relax mental no fim do dia. Se você não conhece, muito cuidado - alto teor viciante! Se quiser ignorar meu conselho, vá em frente por sua conta e risco, e me peça dicas. =)

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